Oeste da Bahia: população de Luís Eduardo Magalhães apoia greve dos caminhoneiros em ato cívico

A greve dos caminhoneiros de todo o país, iniciada na segunda-feira (21), contra o aumento no preço dos combustíveis, ganhou mais força em Luís Eduardo Magalhães (BA) nesta quarta-feira (23) com a realização de um ato cívico ocorrido na BR-242, em frente ao Complexo Bahia Farm Show.

O ato cívico, realizado pacificamente, demonstrou que a população luiseduardense está apoiando maciçamente a greve dos caminhoneiros, que nesta quinta-feira (24) chega ao seu quarto dia, gerando impactos na cidade, sendo a falta de combustíveis nos postos a consequência mais evidente da paralisação nas estradas.

Hélio Figueiredo, proprietário da Renovadora Figueiredo, empresa que presta serviços de recapagem de pneus e borracharia, está com a empresa parada desde o início da greve dos caminhoneiros. “Parabenizo todos os caminhoneiros que aqui ficaram. Não enfraqueçam, vocês são responsáveis por uma parte muito forte da economia do País; vocês demonstraram que o Brasil para sem caminhão. Nós paramos também (Renovadora Figueiredo), tem três dias que a nossa empresa está parada. Enquanto não baixar o combustível, na minha opinião, não pode parar a greve”.

A presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), Carminha Missio, disse que os caminhoneiros não estão sozinhos na reivindicação pela diminuição no preço dos combustíveis. “Sintam-se fortalecidos e contem conosco para que a gente consiga ficar firme e forte até a resolução desse problema”.

Carminha destacou a corrupção da Petrobras, a maior estatal do País, como um dos fatores para o aumento no preço dos combustíveis. “Quero lembrar que esse não é um problema que aconteceu agora, isso é o resultado de uma política corrupta de mais de 20 anos, é preciso que a gente olhe para isso e que lembre daquele dinheiro que saiu do Brasil e foi parar em outros lugares; a má gestão pública que vem acontecendo, é que está impactando esse problema hoje. Precisamos ficar fortes para que as lideranças olhem para nós e deem a devida importância a essa classe (caminhoneiros) que hoje está tão sofrida”, disse a presidente do SPRLEM.

Ismael Rodrigues, caminhoneiro autônomo e uma das lideranças da greve em Luís Eduardo Magalhães, disse que a paralisação é por tempo indeterminado. “Eu quero o apoio de vocês pra gente continuar nessa paralisação por tempo indeterminado, até que seja garantido nosso direito de sobrevivência. Nós estamos aqui hoje num movimento tentando botar o pão nosso de cada dia nas mesas de nossas famílias. Não é porque nós somos caminhoneiros que nós viemos para cá, nós estamos aqui como brasileiros”, ressaltou.

O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Oziel Oliveira (PDT) , marcou presença no ato e deu apoio à greve.

Caminhoneiros e governo federal ainda não entraram em acordo

O presidente Michel Temer (MDB)  se pronunciou ontem pedindo que os caminhoneiros deem trégua de três dias à paralisação.

“Eu pedi que nesta reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo nós possamos encontrar uma solução satisfatória para os brasileiros e para os caminhoneiros”, disse.

A fala do presidente aconteceu após evento no Palácio do Planalto e na sequência de uma reunião do governo com representantes dos caminhoneiros.

A paralisação já se estende por quatro dias e, mesmo o anúncio feito na terça (22), sobre redução de impostos que incidem sobre o diesel, não acalmou a categoria, que protesta diante da alta dos preços dos combustíveis.

Confira mais fotos do ato cívico ocorrido em Luís Eduardo Magalhães.

 

Redação Matopiba Agro – Túlio França (com informações da Folha de S.Paulo)

 

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