Em clima de otimismo, 1º Encontro Regional do Algodão é realizado em Luís Eduardo Magalhães (BA)

O tradicional Dia de Campo do Algodão, realizado anualmente pela Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, está de cara nova: a partir deste ano passa a se chamar Encontro Regional do Algodão, um dos maiores eventos de cotonicultura do Matopiba, a última fronteira agrícola do País – região que abrange a maior parte do estado do Maranhão, todo o território do Tocantins, o Sudoeste do Piauí e o Oeste da Bahia.

O 1º Encontro Regional do Algodão ocorreu na manhã deste sábado (6), no Complexo Bahia Farm Show, atraindo todos os envolvidos na cadeia produtiva da fibra: agricultores, consultores, pesquisadores, agrônomos, técnicos, tradings etc.

O evento foi dividido em duas partes: palestras em campo e plenárias. Nas palestras em campo, os participantes conferiram três temas: “Manejo consciente do algodão”, proferida pelo Dr. Norton Chagas; “Manejo de tripes”, ministrada pelo Dr. Aliomar Feitosa; e “Desempenho de cultivares comerciais”, com demonstrações da Fundação Bahia, Embrapa, TMG, Deltapine, IMA e Fibermax.

Logo após, os participantes foram para o auditório e assistiram a abertura das plenárias, com os representantes das associações regionais e sindicatos locais presentes, além de entidades de caráter nacional, como o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), representado pelo presidente executivo Haroldo Cunha.

Zirlene Dias Pinheiro, presidente da Fundação Bahia, ressaltou a relevância das pesquisas para o desenvolvimento da cotonicultura baiana e a importância de eventos como o Encontro Regional do Algodão para valorizar todos os profissionais que atuam no setor. “Também temos aqui a oportunidade de entender quais são os desafios da cotonicultura baiana, tanto a nível técnico quanto a nível empresarial”, disse.

João Henrique Zonta, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, destacou a parceria com a Fundação Bahia que, em pouco mais de duas décadas, contribuiu para colocar o Oeste da Bahia no patamar em que se encontra hoje: uma das regiões mais produtivas do Brasil. “Precisamos do apoio dos produtores e das associações, para que possamos desenvolver pesquisas para que cada vez mais a região consiga produzir e chegar aos resultados esperados”.

Nilson Vicente, diretor executivo da Fundação Bahia, apresentou a entidade aos presentes. “A Fundação Bahia é uma entidade privada, criada pelos produtores pioneiros do Oeste da Bahia. Somos uma entidade sem fins lucrativos, com o objetivo de gerar informações para poder atender a demanda dos produtores. Estamos focados nas principais culturas da região: soja, milho, algodão, café, gergelim e outras”.

A Fundação Bahia não restringe-se ao estado: atravessa fronteiras com os resultados das pesquisas, atendendo demandas de toda a região do Matopiba.

Plenárias

A plenária “Desafios técnicos”, mediada por Ezelino Carvalho, contou com a participação dos consultores Luis Henrique Kasuya, Milton Ide e Pedro Brugnera; a outra plenária, “Desafios empresariais”, mediada por Walter Horita, contou com a participação do presidente executivo do IBA, Haroldo Cunha, do representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Sérgio Benevides e dos produtores Ademar Marçal e João Carlos Jacobsen.

Durante o evento foi lançado o Congresso Regional do Algodão, que terá a 1ª edição em 2020.

Clima de otimismo

O 1º Encontro Regional do Algodão foi marcado, sobretudo, pelo otimismo. Segundo maior produtor de algodão do Brasil, a Bahia tem muito o que comemorar nesta safra: de acordo com dados da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a produção da fibra na safra 2018/19 tem previsão de 15% de crescimento em relação à safra anterior, totalizando 1,5 milhão de toneladas, com produtividade de 300 arrobas por hectare. Isso se deve ao aumento da área cultivada: 25,5%, atingindo 331 mil hectares – com grande parte da produção concentrada no oeste do estado.

O evento contou com o apoio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e empresas parceiras.

 

Redação Matopiba Agro – Túlio França

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