Baianos em Nebraska, alvo: irrigar sem matar

Veja essa. Nebraska, estado da região central dos EUA, tem um território de 20 milhões de hectares. O oeste baiano tem 19,5 milhões.

Nebraska é área agrícola e tem quatro milhões de hectares irrigados com água de um aquífero que eles, os produtores, estudam e monitoram há mais de 30 anos. O oeste baiano, que tem o fortíssimo aquífero de Urucuia, tem apenas 150 mil, sem usar o dito-cujo.

Um time baiano formado por autoridades governamentais e entidades representantes do agronegócio foi a Nebraska semana passada, levando a tiracolo professores da Universidade Federal de Viçosa, que têm expertise em irrigação, aprender como usar o aquífero sem matá-lo. Afinal, lá nos EUA, a convivência tem sido racional.

Diz Eduardo Salles (PP), deputado presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia, que integrou a comitiva, que os baianos descobrem que têm em mãos um patrimônio gigante, mas precisam saber usá-lo.

– A pretensão é irrigarmos no oeste algo em torno de dois milhões de hectares. Quando chegarmos lá, o oeste triplicará a produção na mesma área plantada. Uma maravilha.

Fugindo da miséria — Eduardo Salles, entusiasta da causa, foi secretário da Agricultura na Bahia no segundo governo de Jaques Wagner. Ao ser abordado sobre a possibilidade de voltar, deu um pinote:

– Deus me livre! O dinheiro já era curtinho e foi dividido em dois, com a criação da Secretaria de Desenvolvimento Rural. Tô fora!

Além de Eduardo e dos professores, no time que foi a Nebraska estavam os secretários Vítor Bonfim (Agricultura) e Geraldo Reis (Meio Ambiente), a diretora do Inema Márcia Teles e os presidentes da Aiba, Celestino Zanela, e da Abapa (algodão), Júlio Buzato.

“Você deixaria o seu futuro e o futuro de seus filhos ser decidido por criminosos ou por pessoas com fortes suspeitas de crimes?”

Wladimir Safatle, filósofo que trabalha na USP, em artigo publicado ontem na Folha de S.Paulo.

“Tivemos Donald Trump nos EUA e temos alguns aqui no nosso país”

Eduardo Dias Villas Bôas, general comandante do Exército, em entrevista à revista Veja, dizendo que o Exército não apoia Jair Bolsonaro.

Conflito na divisa

A Advogacia Geral da União está botando frente a frente representantes de Bahia e Minas para tentar resolver conflitos de divisas entre os dois estados.

A questão: Divinópolis e Salto da Divisa, municípios mineiros, têm metade de suas populações na Bahia. Na banda baiana, Lajedão tem 30% em terras de Minas. Os baianos querem definir os marcos territoriais e os mineiros não. A Comissão de Divisão Territorial da Assembleia pilota a banda baiana.

O xis da questão

Ângelo Coronel (PSD) diz estar empenhado em investir na TV Assembleia, mas com um pé lá e outro cá. A experiência tem demonstrado que as TVs dos parlamentos sofrem de um mal comum, a baixa audiência:

– Só dá audiência quando tem impeachment. E em todo lugar.

Duas faces

Carlos Andrade, presidente da Fecomércio-BA, diz estar de olho no projeto da reforma trabalhista, torcendo para vê-lo emplacar, mas vê um ponto bom e um ruim.

O bom — “A valorização das negociações coletivas é um item tão importante para os sindicatos empresariais quanto para os laborais. O fortalecimento da negociação pode incrementar a geração de empregos e a concessão de benefícios para ambas as partes, por eliminar burocracias de um texto datado da década de 40.

O ruim — O fim do imposto sindical pode matar muitos sindicatos. Como eles vão acompanhar todas as ações judiciais que discutam cláusulas da convenção coletiva, como prescreve a nova legislação sem recursos?”.

O projeto propõe o contribui quem quer.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Conselho amigo

Essa quem conta é Paulo Bina, jornalista que conhece a vida e a alma dos deputados baianos, não é de hoje.

Edson Alves, jornalista, teve uma crise renal, recebeu a visita dos deputados Fernando Wilson Magalhães (prefeito de Salvador entre 1977 e 1978), Clemanceau Teixeira e Horácio de Matos Filho.

Foi na época em que Zezito Magalhães, irmão de ACM, lá por volta de 1995, assumiu a Secretaria da Saúde do Estado e o deputado federal Menandro Minahim estava internado, vítima de um AVC.

Fernando Wilson vira-se para Clemanceau Teixeira e fala:

– Tome cuidado com Zezito porque ele é muito bruto. O Menandro está internado por causa de um tapa que ele deu quando eu ainda era prefeito.

– É mesmo, Fernando?…

– Não assino, mas dou fé.

Fonte: A Tarde

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