Fazenda baiana ganha prêmio de produtividade

Localizada em Riachão das Neves, propriedade produz 96,86 sacas de soja por hectare, sendo a mais produtiva do Norte e Nordeste

O grupo Gorgen, que mantém a Fazenda Barcelona, no município de Riachão das Neves, Oeste da Bahia, é o grande destaque regional da 11ª edição do Desafio Máximo de Produtividade, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb). Usando o sistema de sequeiro, os produtores rurais do grupo atingiram uma produtividade de 96,86 sacas de soja por hectare. O resultado foi divulgado na última terça-feira (18) no Paraná.

“O Oeste da Bahia tem as melhores tecnologias do Brasil e do mundo. Nós temos muitas dificuldades de chuva e de solo, mas com um bom perfil de solo conseguimos atingir os objetivos de produtividade. Foi a primeira vez que participamos do desafio. Este resultado é o reflexo do comprometimento de todos que trabalham no grupo Gorgen”, diz o produtor rural João Antônio Gorgen, que representou o grupo familiar na cerimônia de premiação.

O agricultor acredita que a alta produtividade foi favorecida pela rotação de culturas aplicada na fazenda. A estratégia vem contribuindo para melhorar a fertilidade do solo. Depois de cada safra de soja ele planta milheto. E a cada quatro anos, cultiva milho Santa Fé na mesma área.

“O manejo foi importantíssimo, para promover um bom solo. Temos o algodão no sistema também, que favorece o aumento de fertilidade”, revela.

A média nacional é de 53,4 sacas por hectare, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No ano passado, os agricultores do Oeste da Bahia atingiram uma produtividade média de 66 sacas por hectare. Mas há casos de produtores da região que atingem produtividade superior, de até 80 sacas por hectare.

No Desafio Produtividade do ano passado, quando as condições climáticas foram mais favoráveis, um outro produtor do Oeste da Bahia, Marcelino Flores, chegou a atingir a marca de 104,4 sacas por hectare. Na Bahia, cerca de 7% das lavouras são irrigadas, os outros 93% são de sequeiro.

“Com a tecnologia de hoje, a variedade de sementes e o clima favorável, se o agricultor conduzir a lavoura da forma correta, ele alcança grande produtividade”, diz o engenheiro agrônomo Luiz Stahlke, assessor técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

Estimativas para 2019

O período de colheita da soja já acabou nas principais regiões produtoras do País. Este ano, a produção brasileira da oleaginosa deve chegar a 114,8 milhões de toneladas, um volume 3,7% menor do que na safra anterior, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, com base em dados da Conab. Com as oscilações frequentes nos preços, o valor da produção agropecuária também deve ser menor. A redução no faturamento das lavouras de soja deve chegar a 13,6%, o equivalente a R$ 20 bilhões a menos.

Na Bahia, o levantamento de safra do IBGE indica que os agricultores do estado devem produzir cerca de 4 milhões e 930 mil toneladas de soja, aproximadamente 20,9% a menos do que na safra anterior.

 

Fonte: Jornal Correio

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