A Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (Aciagri) é uma das mais de 45 associações do setor agrodistribuidor presentes em 17 estados brasileiros e filiadas à Federação Nacional das Associações e Afins (FENACE).
Criada recentemente, a Federação que já representa mais de 73% do mercado agrícola nacional, tem na essência a defesa das associações, principalmente no gerenciamento dos interesses coletivos e de promover o conhecimento acerca do trabalho gerido por seus associados na gestão de resíduos sólidos, conforme explica a presidente da entidade, Sandra Ibraina Rodriguês.
“Nossa missão é dar visibilidade ao trabalho das associações através de suas revendas e cooperativas agrícolas associadas, a quem verdadeiramente cabe todo o crédito pela maturação e consolidação do sistema de logística reversa na gestão regionalizada, sendo este um exemplo para o setor e referência internacional em recolhimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas”, explica Rodriguês.
Atualmente, o Brasil é líder e referência mundial em logística reversa de defensivos agrícolas. 94% das embalagens plásticas primárias (que entram em contato direto com o produto) comercializadas são recolhidas e destinadas para a reciclagem, dando origem a 17 diferentes artefatos, em especial os de uso industrial. França vem em segundo lugar, com 77%, seguida pelo Canadá, com 73%. Os Estados Unidos vêm em 9º lugar, com 33%.
É através da implementação da Lei 9.974/2000, onde cada elo da cadeia produtiva (agricultores, fabricantes, canais de distribuição e o poder público) assumiu sua responsabilidade no trabalho de logística reversa do material, que o País lidera o ranking mundial no pós-consumo. Até 1999, segundo uma pesquisa da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), 50% das embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil eram doadas ou vendidas sem qualquer controle, 25% tinham como destino a queima a céu aberto, 10% ficavam armazenadas ao relento e 15% eram simplesmente abandonadas no campo.
Para o presidente da Aciagri, Adilson de Campos, o reconhecimento mundial é fruto do trabalho de conscientização promovido pelos agentes, especialmente aqueles que estão na ponta do sistema, ou seja, na comercialização do produto.
“Com a legislação, as associações regionais assumiram o importante papel de educar e conscientizar os produtores sobre a importância de seguir os procedimentos corretos e participar da logística reversa, além de indicar e gerenciar o local de devolução da embalagem, contribuindo para a eficiência do sistema. Esse trabalho tem gerado há mais de duas décadas um impacto social positivo no campo tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública, através do descarte correto do material, evitando a contaminação do solo, lençóis freáticos e mananciais de águas”, explica Adilson.
Atualmente, a Aciagri representa mais de 50 canais de distribuição do Oeste da Bahia e em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) gerencia três centrais de recebimento de embalagens vazias: Barreiras, a maior do País em volume processado, com capacidade anual de 1,6 mil tonelada; Roda Velha e Rosário, considerada a terceira maior da região Nordeste do País, além de outros três postos de recolhimento: Panambi, Coaceral e Campo Grande. Por ano, a Associação atende mais de 1,1 mil produtores e retira do meio ambiente mais de 3 mil toneladas do material, o que representa cerca de 90% de todo o material recolhido no Nordeste.
Fonte: Aciagri
