Exército pede reforço para combater queimadas no Tocantins

Segundo dados do Inpe, o estado passou dos 9 mil focos de queimadas. O Ministério Público Federal vai investigar a origem dos incêndios.

O reforço militar para combater as queimadas no Cerrado chegou no último sábado (3) ao Tocantins.

Do alto é possível ver grandes áreas do bioma destruídas pelo fogo. A região sul do Tocantins, perto da divisa com Goiás, queima há duas semanas.

Em uma fazenda, em Alvorada, o trator teve que arrebentar a cerca para o gado fugir das chamas. Várias fazendas foram atingidas pelos incêndios.

“Se alastrou rapidamente, foi queimando, não conseguiu atalhar nem nos vizinhos, o fogo estava indo parece que de galope, não tem como você conseguir apagar o fogo, uma hora da tarde com um vento desses”, destaca José Salmazo, produtor rural.

Segundo dados do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Tocantins passou dos 9 mil focos de queimadas. O fogo continua se espalhando principalmente por propriedades rurais.

“O alimento do gado foi consumido pelas chamas, prejuízo ambiental também, para os animais, com certeza é incalculável”, diz Valderi Rovani, produtor rural.

Para conseguir chegar em mais áreas atingidas pelas queimadas no Tocantins, o comandante do Exército pediu um reforço em Brasília. Militares e viaturas chegaram no sábado (3) em Palmas e devem ajudar os brigadistas do Ibama e do ICMbio a também monitorar os focos nos parques de preservação ambiental.

“Ainda há riscos e esse risco é efetivamente grande pelo tamanho da seca. Nós temos esses nossos brigadistas aqui, em termos de pessoal nós estamos preparados e esse reforço permite essas ações de longo alcance”, destaca o tenente-coronel Carlos Gabriel Brusch, comandante do Exército no Tocantins.

Na Ilha do Bananal, o fogo que devastou a região está controlado, mas colocou em risco uma área onde há registros de indígenas isolados. O Ministério Público Federal vai investigar a origem dos incêndios.

“Nós já enviamos oficio, especialmente ao ICMbio, no sentido de buscar identificar o local exato onde surgiram esses focos de incêndios e apurar de quem é a responsabilidade, quem colocou esse fogo”, diz Álvaro Manzano, procurador da República.


Fonte: Jornal Nacional/G1

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