Inmet prevê muita chuva no Brasil Central e Matopiba nos próximos dias

As previsões mais recentes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) indicam que a chuva não deve dar trégua no Mato Grosso e em Goiás nos próximos dias. O excesso de água pode comprometer os trabalhos de colheita da soja nos dois estados. Além do Centro-Oeste, a chuva também atrapalha a colheita da soja em Minas Gerais e produtores afirmam que há 10 dias não conseguem avançar com a colheita na região oeste do estado. 

Segundo Heráclio Alves, meteorologista do Inmet, três sistemas favorecem a formação de nuvens carregadas não só no Brasil Central, mas também no Matopiba. No caso do Brasil Central, as chuvas estão sendo influenciadas pelo sistema chamado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), em atuação sobre toda área e que deve intensificar os volumes no Sudeste nos próximos dias. 

O modelo Cosmo do Inmet mostra ainda que apenas o extremo sul de Goiás e o Mato Grosso do Sul não tem previsão de chuvas para esta quinta-feira (18). No entanto, é importante destacar que devido ao aquecimento diurno – característica típica do verão, não estão descartadas pancadas de chuvas isoladas no período da tarde. 

Em relação aos volumes de chuvas, o modelo indica as maiores precipitações para o Mato Grosso nas próximas 24 horas, com precipitação prevista entre 30 mm e 40 mm. Em Goiás, a previsão é de acumulados de até 30 mm. Já no Sudeste, o dia deve ser marcado por chuvas intensas em Minas Gerais, com previsão de precipitação entre 30 mm e 40 mm. O modelo indica ainda chuva no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, também com acumulados podendo chegar a 40 mm. A previsão indica chuva para São Paulo, porém com volumes mais baixos. 

No Matopiba, é a Zona de Convergência Intertropical que favorece a formação de nuvens carregadas. “E junto a esses dois sistemas, temos ainda um chamado “Alta da Bolívia” que mantém uma área de baixa pressão e assim favorece a circulação dos ventos e umidade da região Norte para o Sudeste do Brasil”, complementa Heráclio. 

O Cosmo mantém a previsão de muita chuva para o Matopiba nas próximas 24 horas. A tendência é de chuva em todo estado do Tocantins, com acumulado de até 60 mm em alguns pontos na região central do estado. As chuvas seguem intensas no Maranhão, com previsão de precipitação mais expressiva na parte sul do estado. No Piauí e na Bahia também é mantida a previsão de chuva, porém com volumes mais baixos. 

Segundo o modelo Cosmo, a tendência é de permanência das chuvas no Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, por pelo menos mais quatro dias. No Matopiba, a partir de domingo, dia 21, o modelo começa a sinalizar uma redução nos volumes. Já para o Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas devem começar a diminuir o volume apenas entre segunda e terça-feira da semana que vem. 

A atualização do modelo GFS, divulgado pelo NOAA nesta quinta-feira (18), também mantém a condição de chuva em toda área nos próximos sete dias. 

De acordo com o NOAA, no período entre 18 e 26 de fevereiro, Mato Grosso e Goiás podem ter chuvas acima dos 100 mm. As mesmas condições são esperadas para Tocantins, oeste da Bahia, Maranhão, Espírito Santo e parte de Minas Gerais. Mantém também a condição de chuvas em áreas do Piauí, porém com volumes mais baixos. 

Assim como o Cosmo, o modelo norte-americano mantém a projeção de tempo estável no Mato Grosso do Sul e nos três estados da região Sul do Brasil. Neste período, apenas o Rio Grande do Sul tem previsão de chuvas pontuais, com precipitação entre 25 mm e 30 mm. 

A partir do dia 26, o cenário começa a mudar. O GFS diminui o volume de chuvas previstas para Minas Gerais e Goiás – com precipitação entre 50 mm e 60 mm no período entre 26 de fevereiro e 6 de março. Mantém a umidade para o Mato Grosso e pontos do Matopiba, mas também com volumes mais baixos. Além disso, o modelo indica o retorno das chuvas em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, com indicação de precipitação entre 40 mm e 50 mm. 


Fonte: Notícias Agrícolas

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